quarta-feira, setembro 14, 2005

Geoffroy Demarquet
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Será à força de ressumarem do meu espírito que acendem no mundo o brilho de uma lucidez cruel? Parece-me falso, este velho mundo que outros descrevem como uma sucessão de maravilhas. De morrer de tristeza, este mundo dos humanóides com as suas pil**, os seus humores, as suas mentiras, e tanta arrogância, desprezo, vaidade. Mas é vir-me que quero, e não morrer. A não ser que as duas coisas se confundam, se assemelhem.
Ninguém me diz uma palavra. Algumas das minha companheiras sustentam, CAGONAS, que souberam o que é o orgasmo à segunda ou terceira relação. Merda para as mentirosas ou então, aí está, sou eu que sou doida. a menos que seja simplesmente anormal, que falte alguma peça à minha panóplia de rapariga, como hei-de saber? Estava inquieta, só isso.
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Frederic Gaillard

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A minha mão estava decidida, tremia-me o corpo todo, as minhas pernas só se aguentavam de pé graças ao hábito, ou pouco mais, da posição vertical. Tentara desenhar a forma do seu sex* através da química de um espírito demasiado perturbado que nada retivera. A respiração dele tornara-se mais acelarada. Na minha boca, a sua língua abandonara-se a uma lentidão nunca antes conhecida. Com medo, tirei a minha mão e afastei-me dele. Não! Ele voltara a apanhar-me nos seus braços e dissera: «Amo-te». E aí, não sei porquê, desatei a rir. O amor, que disparate!

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